Algo extraordinário aconteceu: em
exatamente sete dias devorei 455 páginas de um livro. Não era de Química ou
qualquer área afim. E quem me conhece sabe que essa foi uma grande proeza,
pois, infelizmente, não sou ávida por leitura...Mas o livro mais badalado de
2012 me engravatou. O livro prende pelos desafios, descobertas e bom-humor
entre duas pessoas que teoricamente não tinham nada pra dar certo. E como em
arte o belo é relativo e a obra pertence a quem lê, ouve, toca ou tenha
qualquer outro sentido despertado, descrevo aqui alguns dos tons despertados
nessa minha primeira vez.
Já ouvi comentários sobre o uso
de linguagem vulgar, mas penso que está sob medida, é o mínimo que pode
acontecer entre um casal. Aliás, esse é outro item omitido nas fábulas do
Príncipe Encantado. Como no nosso Universo tudo é possível, penso que existam
casais tão educados, contidos e românticos quanto esses das telinhas e telonas,
mas com a predominância do machismo e da falta de educação dos homens que vejo
por aí, difícil não imaginar que não vai rolar um palavrão...E por isso,
mulheres, permitam-se usar essa e outras gravatas - esse livro pode ser de
auto-ajuda nesse aspecto.
Homens, utilizar recursos de sadomasoquismo
não é a grande questão. Considerem todo o conflito causado nas suas parceiras
por conta das suas dificuldades de expressão. O sexo per si é isento de reflexão e consideração - pele, preservativos,
suor e gozo. Tomara que vocês, ao decidirem estabelecer uma relação, façam um download de arquivos que versem sobre
companheirismo, paciência, respeito e admiração, só para começar. Se vocês
conseguirem entender, internalizar e praticar esses conceitos, acreditem, nunca
passarão por uma DR. E ainda falando sobre o sado, não achei nada nojento ou
aterrorizante. Não entendo da área, mas deve estar no nível mínimo também.
Ao escrever esse texto me senti
um pouco Carrie Bradshaw ao final dos episódios. Mas é assim que funciono:
reflito sobre tudo o que me é oferecido.