17 de novembro de 2009

Tá cheirado!!!!!!!!!!!!!!

Esse é um texto escrito pelo meu Mazinho. Espero que gostem!

Dizem que a droga causa um estado de euforia e alegria que nos leva ao nirvana, mas que dura um lapso de tempo e que custa horas e horas de depressão, tristeza, raiva e violência que clamam por mais segundos de glória. Assim cada vez mais se necessitade mais horas de depressão e ansiedade em busca de alguns centésimos de segundos de euforia , e assim se vai progressivamente, até que o custo psicológico e metabólico é tão alto que não se pode mais comprar esta felicidade e então o organismo vai à falência.

Existem organismos no entanto que fazem o caminho inverso e alguns aos quais eu já observei, que nem mesmo precisam da droga para viver em permanente estado de euforia e alegria, não sei se descobriram o caminho inverso nem mesmo se começaram com alguma droga que não lhes conseguiu levar à falência, mas, ao contrário, levaram-nos a reagir e a desmoralizá-la.

Meu amigo Nelson é uma destas figuras. Não me lembro de tê-lo flagrado com raiva ou em estado de depressão, sua presença em qualquer grupo é sinônimo de bom humor e companheirismo, a alegria faz parte da sua indumentária e se irradia para quem está a seu lado.Neste dia de Novembro que se aproxima e no qual comemorará mais um ano de vida, mesmo que eu não esteja presente por motivos alheios à minha vontade espero sentir ainda que de longe, esta alegria, bom humor e companheirismo, que você certamente irá irradiar entre amigos e entes queridos.

Um grande abraço e muitas felicidades

Do amigo

Mazinho

5 de outubro de 2009

Iceberg


Ultimamente sonhos metafisicamente perturbadores têm povoado meus momentos nos braços de Orfeu. Tentei desvendar quais seriam os motivos. Lembrei daquela historinha de que não se deve dormir de barriga cheia, no sentido hiperbólico ou ingerir comida pesada. Pelo contrário. Não tenho feito isso e acho até que essa história deve ser como aquela da manga com leite. Recentemente, descobri que foi feita para impedir que escravos consumissem a nutritiva bebida branca dos brancos. Como são as noites daqueles que adormecem com a barriga vazia e a mente cheia?

Lembrei também que bebidas alcoólicas não são bem vindas, mas não pratico esse hábito. Tenho me alimentado bem, praticado exercício, lazer. Aliás, após anos de dedicação aos estudos esta é a primeira vez, desde que me entendo por gente, que estou conciliando tarefas e lazer. Será que esta perturbação é algum tipo de manifestação pós-traumática desse período? Freud explica, espero que Luciana entenda.

Há poucos dias, perdi um parente próximo que era bastante distante. E esse tipo de distância nenhuma tecnologia de telecomunicação, até mesmo a espiritual dá jeito. Mas tenho que aprender a conviver com as distâncias impostas pela natureza humana. Tenho mantido um perímetro de segurança no qual alguns tipos de pessoas e de pensamentos não entram. Considero isto saudável e até vital, do mesmo modo que um porco espinho não invade o terreno alheio, mas quando visitas indesejadas surgem e insistem em ficar são recebidas e tratadas com muitos espinhos.

Virtual

Hoje me dei conta de que o conceito de virtualidade povoa nossas vidas há muito tempo. Ontem assisti a um trailer do próximo filme do Michael Jackson. E lembrei o quanto ele inovou e emocionou sem tocar ou conversar diretamente com os milhões de pessoas que o admiram ou reconhecem seu talento. Como é possível desenvolver tamanha paixão e admiração por pessoas que têm apenas suas imagens expostas numa tela fria e colorida, acompanhada de sons que não têm nada de natural? Existem sublimes diferenças entre ouvir uma música ao lado de um violão, amplificada ou televisionada. Como também é bastante diferente o trato de uma celebridade com o público e as pessoas que a cercam na intimidade. Penso que a virtualidade da felicidade é a mais difundida nesse aspecto.

Telefonemas e correspondências também são bastante virtuais. Através de sons e letras transportamos muitas emoções – mesmo que virtualmente verdadeiras. Mas ainda há pessoas que, mesmo com toda tecnologia de comunicação disponível, ainda fazem o papel de mensageiras, transmitindo aqueles recadinhos de última hora.

O planeta Terra é imenso, a telecomunicação é necessária, mas um face to face é trilegal. É prazeroso conversar, ouvir e dar risadas, sem falar na quantidade de palavras utilizadas que nem a melhor digitadora do Guiness é capaz de registrar.

Outro dia ouvi um professor questionar se realmente emitimos nossas opiniões. Penso que, atualmente, temos imensa dificuldade em selecionar o que e com quem conversar. E esta escolha não é virtual, é tão concreta que uma análise risco-benefício antecede qualquer inocente bate papo. Por isso admiro crianças e adultos de juventude acumulada. Os primeiros são muito sinceros e assertivos, e todo mundo acha graça, por mais embaraçosas que sejam suas reações e observações. Os segundos costumam resgatar essa assertividade infantil, justificando suas atitudes pelo respeito adquirido com o tempo, ou porque não há mais nada a perder pelo tempo que lhes resta. Como estou no meio do caminho, estou em cima do muro, avaliando, escrevendo, pensando, concretizando, virtualizando...

22 de agosto de 2009

Dinheiro

Este texto foi inspirado em uma interpretação errônea no estilo “peguei o bonde andando”, mas resultou numa crítica legal.

O jogo do Mengão estava rolando e o Mazinho, compenetrado como sempre, não costuma trocar mais do que meia dúzia de palavras comigo durante seu período de meditação. Qualquer diálogo decente somente antes do primeiro ou depois do apito final...Tudo bem, compreendo, também não gosto que me interrompam durante o CSI, mas acho que as mulheres são obrigadas a dar atenção a tantas coisas e gente ao mesmo tempo que já estão acostumadas com interrupções. Meditação só nas aulas de Yoga, com a certeza de que tudo em casa e com a família está bem.

Estava me preparando para estudar equilíbrio químico quando de repente o locutor expressou com grande ênfase sua revolta com a falta de dedicação dos jogadores de vermelho e preto dentro das quatro linhas. Fora delas, os maravilhosos carros que exibem nas ruas da cidade e no estacionamento do clube mais amado do Brasil foram o motivo do seu desabafo. Doeu no coração desse trabalhador a relação inversamente proporcional entre finanças e dedicação, pois o mesmo, ainda que empregado no melhor canal de TV aberta do país (não sei onde encontra-se oficialmente registrada esta colocação e nem quais foram os critérios utilizados para tal), ainda se locomove através de transporte coletivo ou conta com a carona alheia.

Com isso me lembrei daquele menino loirinho, habitante de um país pequenino que certa vez ouviu de uma raposa um precioso ensinamento: você é responsável pelo que cativa. Quando li isto não entendi, mas o tempo, professor mais antigo do mundo, me mostrou o pleno significado desta frase. Ser amado, idolatrado ou referenciado é uma responsabilidade imensa. Muitas vezes não é essa a nossa busca, mas de alguma maneira, esse compromisso é inevitável como o amanhecer. Outro professor certa vez chamou de violência verbal o fato de ignorar um pedido de aumento salarial de uma doméstica enquanto sua patroa investe grandes montantes pelos bingos da vida.

Bem, meu time fez o favor de empatar. Já faz mais de vinte minutos que o peladão acabou e acho que o Mazinho já pode conversar. Acho que os estudos vão ficar pra amanhã. Já vai começar o repeteco da semana do CSI.

10 de julho de 2009

Idade

Acabei de ler dois belos textos da colega blogueira Ingrid. E a caixinha das recordações me inspirou. Não pelo muito que já esqueci ou não reservei de concreto para servir como ativação de informações contidas em um HD de 30. Sei que elas existiram em algum momento e que na verdade se transformaram em hormônios, sentimentos, canto, respostas de infinitas avaliações.

Aquelas cujas transformações foram mal sucedidas, por motivos de força maior, agora se chamam nódulos ou pólipos. Aquelas que ainda hibernam são chamadas de subconsciente. Aquelas que se interconvertem freneticamente são chamadas de lembranças. Lavoisier sempre teve muita razão.

Percebi que me relacionando com pessoas com HD de diversas capacidades, sempre aproveito para fazer maravilhosos downloads. Afinal, são necessários insumos para que se obtenha produtos. Atualizações são importantes. Mudanças indicam sinal de vida. Por isso quero minha caixinha sempre vazia.

7 de julho de 2009

GENTE

Tem gente que vem pra mexer
Cutuca, bagunça, dá beijo e bye bye
Tem gente que nem quer saber
Se magoa, destrói, ilude ou trai
Tem gente que priva o prazer de ser,
De doer, de se dar e de amar pra valer
Tem gente que chega pra ter
Sentimento, consolo, alento, um olhar
Tem gente de tudo que é tipo em qualquer lugar
Tem gente que quer merecer
Por labuta diária, defendendo o lar
Tem gente que vai com a maré
Tem gente que faz pensamento concreto mudar
Tem gente que a gente não vê
Mas sente a presença no ar
Tem gente de tudo que é tipo em qualquer lugar
Tem gente que paga pra ver
Se arrepende, levanta e vai
Tem gente pra agradecer
O que nem batalhou mas merece ganhar
Tem gente que quer perdoar
Mas não sabe como nem quando falar
Tem gente que vem pra fazer
O mais triste mortal se alegrar
Tem gente que vem pra dizer
Solução, conselho, o rumo que se deve tomar
Tem gente de tudo que é tipo em qualquer lugar
Tem gente que para pra ver
Sorriso de criança, briga no bar
Tem gente que gosta de ver
Sambista malandro astuto versar
Tem gente que vem pra compor
Tem gente que vem pra cantar e tocar
Tem gente de tudo que é tipo em qualquer lugar
Tem gente que ainda vou conhecer
Só Deus sabe hora e lugar, se aqui ou do lado de lá
Nem sei se vou compreender
Seus costumes, ideias desejos e ais
Tem gente de tudo que é tipo em qualquer lugar

18 de junho de 2009

Show

Ontem presenciei um fenômeno que não sei classificar...Era um homem-violão ou um violão-homem, que não causou a estranheza que normalmente sentimos ao que nos é aberrante. Desde os primórdios, o homem sempre criou e utilizou ferramentas para um propósito bastante definido, mas não sei o que pretendia aquele possuindo um violão. E ele manejava esse instrumento com a habilidade de quem maneja uma peixeira, mas se sentiam os vários cortes dos quais só um canivete suíço é capaz. E desses cortes sangraram lágrimas, coro, gritos, suspiros, dança, carinhos, aplausos, assobios. Não satisfeito, aquele híbrido ainda entoava maravilhosos versos com voz e sotaque que já não ouvimos tanto por aí.


Como um cancão que sabe o momento ímpar de atacar sua presa, aquele híbrido aproveitou-se de uma platéia entorpecida para um momento de conscientização e reflexão. A exploração sem cuidados do Velho Chico, o desperdício de água e a acinzentada previsão de que este elemento pode se tornar motivo de guerra me incomodaram tanto quanto a mochila do meu quase amigo estrangeiro do mercado. Mas como aquele efeito jornalístico de apresentar notícias maravilhosas imediatamente após uma ruim, o Geraldo Azevedo continuou e arrancou o couro até o fim.


PS: Cancão é um pássaro carnívoro do Nordeste. Consegui a informação com o colega Ricardo, típico representante da região aqui no IEN. Bom não é saber tudo, e sim estar cercada de todo o tipo de gente.

16 de junho de 2009

Toda banda larga é inútil se a mente for estreita



Faz mais de dez anos que a rede mundial de computadores e a telefonia móvel vêm servindo como complemento para a existência humana na Terra. E como é interessante trocar ideias, carinhos ou belas paisagens. Como é legal acessar a programação do fim de semana. Sem falar nas letras, cifras e vídeo clips a apenas alguns clicks. Os cartões de final de ano, dia do amigo e dia dos namorados foram animados no melhor estilo Walt Disney, além de ganharem muitos sons. A internet só perde para o olfato e o paladar, ainda que até o sexto sentido aflore naquelas mensagens casualmente presentes nos momentos difíceis. Sim, os elétrons carreiam muita energia.



Em seus primórdios, não sabia muito bem o que fazer com essa ferramenta, não via muita utilidade nisso além de acessar alguns poucos sites e trocar mensagens. Mas o título deste texto foi emprestado de uma propaganda que considero genial. Essa frase me lembrou que nunca acessei uma sala de chat, pois sempre estive cercada de gente pra conversar. Não ficava horas atrelada a nenhum game ou conteúdo pornográfico (acho que por estar com o lazer em dia). Não ficava ligada nas notícias e fofocas veiculadas em tempo real e não compreendo como é impossível viver sem uma second life. E pra mim a internet nunca foi mais importante que a minha própria vida.



Mas há algum tempo, encontrei algum sentido na teia: youtube muito me agrada e no orkut mantenho contato com pessoas distantes geograficamente ou temporalmente, por conta das agendas cujos intervalos de lazer não se encontram nem no infinito. E a minha última mania é blogar. Nunca fui muito de leitura, quiçá de escrever, e agora vejam só. Tá muito divertido!!!

De repente 30


Faz quase seis meses que a década dos 30 começou pra mim. Depois do bombardeio midiático sobre saúde e longevidade, há algum tempo venho seguindo tais conselhos e desfrutando dos resultados obtidos. Sou uma pessoa de carga genética afortunada, admito, reconheço e reafirmo, pois no meu prato sempre abundaram muitos gramas e os mais diversos tipos e níveis de gorduras saturadas e insaturadas que nunca abalaram meu LDL. Sem falar nos beliscos intermediários à base de coxinha de galinha, açaí ou hamburguer na hora do recreio ou aquele croissant antes das aulas da graduação. Mas já ouvi dizer que não é bom abusar da sorte, dar chance pro azar ou moleza para o detetive careca. Também prefiro prevenir a remediar. Também ouvi falar que depois dos 30 uma metamorfose indesejada tem início devido à decadência hormonal desencadeada no corpo humano. Mas as naturezas terrestre e celeste mostram através de vários fenômenos que é necessário alcançar o equilíbrio. E cada um deve alinhar o fiel de sua balança.

Lembro que aos 13 minha preocupação era com o meu futuro imediato como estudante da escola técnica federal de química. Tal sonho se tornou realidade em Nilópolis, dois anos depois, e daquele momento em diante, precisava de dedicação para agarrar meu futuro distante. No filme de título homônimo a este texto, 30 é a idade do sucesso, é quando, o apartamento, o carro, o emprego, as roupas, bolsas, sapatos, badalação e o namorado dos sonhos aparecem. Quase que como uma função de estado, dos 13 se vai aos 30 com a energia requerida para um salto quântico de um elétron que habita um orbital s para a camada de valência, se isto for fisicamente possível, teoricamente dedutível ou experimentalmente reprodutível. Mas adoro esse teen-movie, pois além de divertido me fez pensar nos caminhos que me conduziram para onde estou.
Um dia também desejei como aquela menininha do filme que todas as minhas aflições de pré-adolescente terminassem. Mas desconhecia sobre quântica e segui o roteiro normal. Como a abelha fazendo o mel e a formiga se preparando para o inverno rigoroso, percebo agora que valeu todo o tempo que meus olhos ficaram voltados para a luz fria do quarto sobre um monte de letras, números e farelos de borracha. Este intervalo de construção e preparação desencadearam uma reação onde meus ativos intangíveis como o estudo, os relacionamentos, e o pensamento têm se transformado em puro prazer.

Melhor do que procurar perguntas é desfrutar das respostas. Já não gostava de cigarro desde criança sem saber seus males, nunca fui cliente fervorosa do McDonalds sem saber que ele poderia super size me ou entendia que aquele prazer em ouvir a rádio tropical me aproximaria da cultura do meu país e me faria cantar com amigos. E a televisão até que não me deixou burra muito burra demais, pois as trilhas sonoras, fotografias e figurinos dos filmes da telinha me apresentaram à música clássica, à vegetação, castelos e costumes europeus, casas norte-americanas sem muros e muitas pessoas com cabelos lisos. Não era do tipo que lia, ia ao cinema ou centros culturais por falta de motivação externa e dinheiro. Mas com o tempo vi que tirei algum proveito das imagens reproduzidas em modestas polegadas.

De algum jeito, conforme o filme, cheguei aos 30 sim, curtindo todo o sucesso que esta idade pode oferecer. E meus movimentos não foram friamente calculados, mas sinto que meu big bang apenas está começando.

11 de junho de 2009

Bebida é água, comida é pasto

Comida, comida, comida
Nutritiva cai bem no dia-a-dia
Do tipo frita agrada o guri e a guria
Engordurada faz a alegria da rapaziada,

acompanhada de uma cervejinha
Temperada é dom de dona de casa
Muito elaborada é gourmet, coisa fina
Ausente no prato ou na dispensa, vira anemia, agonia.

Consciência 1


Inspirada pelo par-casal Élika-Nelson, resolvi letrar um acontecimento.

Ontem estava no supermercado e fiquei admirada por observar um senhor alto, de pele bem clara, com roupa social, mochila nas costas, vívido e ágil, para a idade que aparentava. Fiquei pensando, que legal, pois hoje em dia pouco vejo pessoas idosas com tamanha desenvoltura e aspecto saudável. Talvez existam, eu é que não tenho a oportunidade de vê-los por conta da minha rotina enclausurada no carro, trabalho e estudos. Não tenho ciência nem consciência de como anda o ônibus, a rua, as novidades dos camelôs. Pois este senhor brincou comigo, dizendo de maneira muito amistosa e simpática algo do tipo: “_Pensei que você tinha ido pra casa!” Daí sorri amarelo, pois procuro seguir as recomendações de Mazinho sobre atitudes cautelosas com membros da espécie Homo sapiens do gênero masculino. Sou uma pessoa independente em vários sentidos e no trato social tais características podem suscitar interpretações errôneas, por isso, tive que raciocinar no intervalo de nanosegundos como deveria reagir...e o amarelo foi a cor.


Mas percebi pelo sotaque carregado que me deparei com um representante de outro continente que expressava uma brincadeira pela minha momentânea ausência na fila, pois saí para buscar um item sem o qual não haveria sucesso na minha próxima síntese orgânica: ovos para o bolo da Festa Junina de sábado. E fiquei pensando o que um gringo estaria fazendo no Méier...Preconceito cultural meu ou raciocínio estatístico na veia depois de me apaixonar pela estatística? Queria muito perguntar se era do continente ao nosso norte ou a leste do oceano Atlântico, o que fazia por ali, veio a trabalho, de onde veio e entendi que toda essa curiosidade foi despertada pela saudade do meu mês na Alemanha... Vi naquele momento, através daquele sotaque e simpatia uma correlação fugaz com esse período, mas foi o que me veio...E fiquei na dúvida falo-não-falo enquanto o senhor pagava sua conta. Observei que seu português era comunicativo, e que ele ainda não guardara suas compras. Pegou seu troco, conferiu, minhas compras já estavam sendo identificadas pelo sensor vermelho e ele conferia a nota fiscal. As sacolas plásticas disponíveis ficaram lá, e eu estava aguardando o momento em que seriam utilizadas, pois por educação, a vez ainda era a dele. Percebi de repente que suas compras não estavam mais à vista e no intervalo de fentosegundos, pela experiência adquirida na terra da cerveja, concluí com louvor: as compras estão na sua mochila! Fato óbvio, mas após esta conclusão me deprimi superficialmente, pois doeu na consciência a falta de consciência ambiental para uma representante da Ciência. E então fui pra casa e só tive vontade de escrever este texto, sem até o momento ter despertado o desejo de resolver meu conflito ambiental...